Meu corpo flutua nos bancos de Clarice
Meu disco voador é branco e tem quatro rodas
A Terra é o meu céu
Os estados que passo, galáxias
As cidades, planetas
Explorando,
inspirando-me,
respirando um ar mais puro,
sem esperar mais nada de ninguém
Apenas crescer... E flutuar
Voar por entre o infinito
Esse universo se transforma em versos
E eu me transformo cada vez mais em mim
Mesmo se estiver na escuridão
(aprendi com ela mesma),
levo a vida no tato
De olhos fechados,
no faro,
meu farol é mágico
Leve demais, apesar desse meu ar pesado
Um “Big Bang” no fundo do peito...
E a vida encostando os seus doces
nos meus salgados lábios
Chovia meus olhos, uma tempestade...
Mas era aquele o gosto perfeito...
O gosto da vida na ponta da minha língua...
Um beijo molhado
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